A uma semana do final do prazo para a entrega do Imposto de Renda Pessoa Física, 894.500 gaúchos ainda estão em débito com a Receita Federal. Até ontem, 1.005.500, do total de 1,9 milhão de contribuintes, enviaram os dados necessários. O limite para acertar “as contas com o Leão” termina às 23 horas, 59 minutos e 59 segundos da próxima terça-feira (dia 30). Em todo o País, já foram recebidas 13.495.314 declarações, ou seja, 51,9% das 26 milhões.

A multa mínima por descumprimento é de R$ 165,74, variando de 1% do IR devido por mês de atraso (até o máximo de 20%). Precisam prestar contas pessoas com rendimentos tributáveis superiores a R$ 24.556,65 no ano passado, o equivalente a R$ 2.046,38 mensais.

A expectativa do superintendente adjunto da Receita Federal no Rio Grande do Sul, Ademir Gomes de Oliveira, é positiva quanto aos gaúchos ainda em falta com a Receita. Para ele, a maioria deve utilizar o próximo final de semana para cumprir a atividade. Porém, frisa, o ideal teria sido fazer a declaração com mais calma, visando evitar possíveis problemas.

Oliveira usa como embasamento para a teoria o fato de o prazo ter-se iniciado em 1 de março, ainda assim quase metade dos contribuintes do Estado ainda não enviaram seus dados. “Os brasileiros gostam de deixar para o último minuto”, resume.

A Receita recomenda não deixar o envio para os últimos dias. Há o receio de o sistema passar por dificuldades devido ao acúmulo de acessos. Além da internet, a declaração pode ser entregue nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, em disquete ou pen drive. O superintendente lembra que a população pode tirar dúvidas e buscar orientações sobre o IR por meio do site da Receita ou pelo número 146, o Receitafone.

Já o vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Célio Levandovski, aconselha aos contribuintes terem atenção à documentação utilizada no preenchimento, tais como informes bancários e recibos médicos. Segundo o contador, o ideal é manter os comprovantes arquivados ao longo do ano. “Tendo a documentação é simples. Mas quantos fazem isso? A declaração é anual e deve ser tratada como tal. Fazer correndo pode dar problema”, alerta.

Fonte: Jornal do Comércio – RS