Obrigação dividida


19 out 2012 - Contabilidade / Societário

Simulador Planejamento Tributário

O governo venceu a batalha contra os bancos e assegurou que as informações de quem aderir ao chamado cadastro positivo serão de responsabilidade solidária de todos que tiverem acesso às informações. Com isso, diminui o risco de que o histórico de crédito de um consumidor ou uma empresa caia em mãos de oportunistas ou criminosos. A regulamentação do cadastro de bons pagadores consta de um decreto publicado ontem no Diário Oficial da União e valerá a partir de janeiro de 2013.

O banco de dados terá informações sobre o histórico de compras, parcelamentos e dívidas de pessoas e empresas. Para ter as informações inseridas no cadastro, será necessário autorizar a inclusão do histórico financeiro e comercial. Isso ainda depende de autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN), que, se acredita no governo, deverá ser concedida ainda neste ano.

Para a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o cadastro positivo depende da inclusão do sistema financeiro. "Os bancos possuem um imenso volume de dados", disse o economista Roque Pellizzaro Junior, presidente da entidade da CNDL.

A permissão para incluir os dados poderá ser feita pelo consumidor diretamente em bancos, redes varejistas e em postos de atendimento de entidades como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Serasa Experian. Quanto mais informações positivas a pessoa tiver, maior a chance de ela conseguir uma melhor avaliação de crédito quando tomar um financiamento ou parcelar um bem em uma loja, por exemplo. Nos Estados Unidos, há um sistema semelhante baseado em pontos. "Qualquer pessoa que tenha mais de 700 pontos (de um total de mil) é considerada boa pagadora", explica o diretor de Programas da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Esteves Colnago.

 


Fonte: Correio Braziliense