Patamar inédito de financiamento a empresas


29 jul 2010 - Contabilidade / Societário

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Pela primeira vez na história, a concessão de crédito com recursos livres, ou seja, de bancos privados, a pessoas jurídicas chegou a R$ 511,63 bilhões no Brasil. Com o aquecimento da economia, as empresas vêm necessitando de financiamentos tanto para realizar investimentos quanto para girar seu capital.

As contratações, que foram de apenas 0,4% em março, elevaram-se gradativamente, chegando a 2,6% em junho. Há indícios de que o mesmo movimento aconteça neste mês.

Mas, ao contrário do estava ocorrendo nos últimos meses e mesmo da tendência apontada para o ano, os banco públicos passaram a conceder ainda mais crédito do que os privados e estrangeiros.

Aumentaram sua participação no mercado de 41,7%, vista em maio, para 42,3% em junho, de acordo com dados do Banco Central (BC). Consequentemente, a fatia que coube a seus concorrentes foi reduzida.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos principais responsáveis pela elevação da participação do governo na concessão de crédito, aumentou seu estoque de recursos em 3,1% em junho, chegando a 10,5% neste ano.

As empresas, necessitadas de capital de giro e investimentos, devem passar a buscar recursos via emissão de títulos da dívida, tanto no mercado interno quanto no externo, a fim de complementar as linhas tradicionais.

Eventos singulares, como a Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos de 2016 ou mesmo a extração de petróleo na camada pré-sal são alguns dos que necessitarão de crédito extra.

O custo do dinheiro mais baixo fora do país faz com que investidores procurem locais com oportunidades de ganhos. Para as empresas, trata-se de uma opção para conseguir recursos para fazer novos investimentos ou mesmo para rolar dívidas com prazo perto do vencimento.

No caso das pessoas físicas, a situação de concessão de crédito foi diferente. Em junho, cresceu apenas 0,9%, quando os empréstimos somaram 505,7 bilhões.

O Bank of New York Mellon estima que as empresas brasileiras tenham US$ 37 bilhões em vencimentos de títulos no exterior até 2013.


Fonte: Brasil Econômico