Governo lança mais um pacote para tentar estimular economia


27 jun 2012 - IR / Contribuições

Portal do ESocial

Às vésperas da divulgação da nova previsão do Banco Central para o crescimento da economia em 2012, que ficará abaixo de 3%, a presidente Dilma anuncia hoje mais medidas para tentar recuperar o ritmo econômico no fim do ano e garantir melhores taxas em 2013.

As medidas estão focadas na área de compras governamentais voltadas para o setor de bens de capital e equipamentos. Dilma orientou sua equipe a acelerar programas para aumentar encomendas principalmente de veículos. Também devem ser beneficiados os setores moveleiro, farmacêutico e têxtil.

Segundo a Folha apurou, os programas devem envolver, numa primeira etapa, compras da União no valor de R$ 4 bilhões, envolvendo cinco ministérios: Defesa, Saúde, Educação, Cidades e Desenvolvimento Agrário.

No total, o governo quer elevar suas compras dos R$ 51,7 bilhões em 2011 para mais de R$ 60 bilhões.

GELADEIRAS

A Fazenda deve prorrogar ainda, por mais três meses, a redução do IPI que terminaria neste mês para produtos da linha branca (geladeira, fogão), móveis, laminados, papel de parede, luminárias e lustres. Essa medida não será anunciada hoje.

Assessores presidenciais reconhecem que as medidas não serão capazes de reverter o baixo crescimento esperado para 2012, que pode ficar na casa dos 2,5%, abaixo dos 2,7% do ano passado.

A expectativa, porém, é que contribuam para que o país chegue ao fim do ano crescendo a uma taxa de 4% a 4,5%, a fim de assegurar um crescimento acima de 4% no terceiro ano de mandato.

Entre as medidas, o governo vai anunciar programa de compras de 2.000 caminhões pelo Exército e de 3.600 retroescavadeiras e 1.300 motoniveladoras pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Os ministérios da Educação e da Saúde vão comprar mais ônibus escolares, ambulâncias e carretas odontológicas. Já o Ministério das Cidades vai fechar um pacote de compras de vagões para trens urbanos e metrô.

O governo também vai regulamentar mecanismo que permitirá que os ministérios da Saúde e da Educação paguem até 25% mais por produtos nacionais nas compras para o SUS (Sistema Único da Saúde) e nas de uniformes.

Dilma pretende ainda estender o Regime Diferenciado de Contratação não só às obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) como também aos programas das pastas da Saúde e Educação, o que necessita ser aprovado pelo Congresso.

Sua intenção é destravar os investimentos, considerados essenciais para fazer o país voltar a crescer acima de 4%. A avaliação é que, agora, não basta estimular o consumo, que bancou o crescimento do país durante o governo Lula.


Fonte: Folha de S.Paulo