Hora certa para crescer


2 jan 2012 - Contabilidade / Societário

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"Ou você cresce ou você fecha." Foi essa a conclusão da chef de cozinha e empresária Letícia Pimenta ao descobrir que seria necessário dar um novo passo para manter o bufê de mais de 10 anos no mercado. A necessidade de expandir é na maioria das vezes acompanhada por um forte receio quanto às consequências que um faturamento maior pode ter, especialmente em termos tributários. Com Letícia não foi diferente. A chegada de 2012 traz um novo empurrão para os negócios.

Um dos sinais mais claros de que a empresa está preparada para dar mais um passo em busca de novos mercados é o equilíbrio que se alcança no processo de gestão. "Neste ponto, estão conciliadas as questões administrativas, de compra e venda de produtos. Além disso, o gerenciamento está bem estruturado", explica a gerente de atendimento ao empreendedor do Sebrae-MG, Mara Veit. Se os problemas de gestão não foram superados, o aconselhável é adiar o crescimento. "Para ampliar, é exigida uma reestruturação dos negócios. Se a empresa não está bem constituída, expandir pode levar ao fracasso", acrescenta.

Um dia após outro O analista de políticas públicas do Sebrae-MG Jefferson Amaral pondera que os passos rumo à expansão devem ser dados um a um. "O empresário precisa saber que as conquistas demandam tempo. A cada etapa é preciso solidificar a posição alcançada", observa.

Os concorrentes também devem ser analisados de perto e, muitas vezes, é por meio deles que o crescimento tem mais chances de prosperar. "A solução pode estar na união de esforços com o concorrente, fazendo compras em conjunto, por exemplo", observa Jefferson. 

Decisão de crescer deve considerar melhor regime fiscal para não estrangular empresa

Ao ultrapassar o faturamento permitido pelo Super Simples Nacional, a empresa poderá seguir dois caminhos de tributação: o de lucro presumido ou lucro real. "Há situações em que um é mais econômico que o outro. Vai variar de acordo com a despesa e com o próprio tipo de negócio", observa José Carlos Oliveira de Carvalho, consultor tributário e professor do MBA em gestão financeira, controladoria e auditoria da fundação Getulio Vargas/IBS.

Orientação Daniel Fernandes e a mulher, Juliana Gomes, sabem da importância de ter uma orientação especializada e contam com o auxílio de um contador para tomar as decisões quanto aos rumos da loja de batas. Foi justamente por indicação do profissional que eles passaram, em novembro, de empreendedores para empresários individuais. "Conseguimos empréstimo do Banco NaAcional de Desenvolvimento Econômico e Social que, como empreendedor individual, não tínhamos", conta.

A capacitação também está entre os planos dos empresários da loja Arcanjos Batas, uma das principais premissas para o sucesso do negócio. "A Juliana quer fazer curso de moda e eu de administração. Queremos nos profissionalizar para podermos arriscar mais sem medo", observa Daniel. A faculdade está entre os planos para 2013, assim como a entrada dos produtos no interior do estado.


Fonte: O Estado de Minas