ICMS é o tributo mais custoso


14 out 2011 - ICMS, IPI, ISS e Outros

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Junto com as contribuições previdenciárias, o ICMS é o que mais gera dificuldade entre empresários, aponta sondagem da Fiepe

Os empresários industriais de Pernambuco consideram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e as contribuições previdenciárias os tributos mais prejudiciais à competitividade do setor. A constatação é da Sondagem Especial Tributação, elaborada no último mês de setembro pela Unidade de Pesquisas Técnicas da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). Cerca de 65% dos entrevistados citaram esses dois tributos como os que causam os maiores impactos negativos à atividade de suas companhias.

As empresas de pequeno porte foram as que mais reclamaram do ICMS e dos encargos previdenciários, apontando-os como os mais nocivos em uma lista de oito opções: PIS, Cofins, Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto Sobre Serviços (ISS). A pesquisa também buscou encontrar soluções para os atuais entraves tributários. Segundo a maioria das citações dos empresários (61,4%), a unificação das alíquotas de ICMS deveria ser prioritária em uma possível reforma do sistema de cobrança de impostos no Brasil.

Simplificar os procedimentos e acabar com a cobrança nas fronteiras (feita na entrada de caminhões no Estado) e com a substituição tributária (regime onde o fabricante de determinado produto é que arca com o ICMS e não quem irá vendê-lo, utilizado para artigos de difícil fiscalização como cigarros e bebidas) foram outras sugestões dos empresários pesquisados.

"Em síntese, os resultados da pesquisa mostram o retrato de uma estrutura tributária ultrapassada e inadequada aos desafios atuais do mundo corporativo, com sua alta exigência de competitividade e inovação, fazendo com que não só o Estado de Pernambuco como o Brasil perca competitividade e, consequentemente, mercado", comenta o texto da sondagem.


Fonte: Jornal do Commércio /PE