7 jun 2018 - Comércio Exterior
O dólar voltou a subir hoje (07/06) e, nesta manhã desta quinta-feira, abriu em alta de 0,72%, chegando aos R$ 3,867 ante o real. Poucos minutos após abertura, a moeda seguiu a tendência de valorização e bateu os R$ 3,902, com valorização de 1,30%.
Na véspera, a moeda americana fechou cotada a R$ 3,839. E, nas casas de câmbio, o dólar turismo ficou em R$ 4,09.
O mercado financeiro brasileiro tem ficado sob pressão desde a semana passada, quando a greve dos caminhoneiros e o cenário eleitoral incerto começaram a entrar no radar dos investidores. Pesquisas de opinião pública mostrando o apoio da população a um maior controle nos preços dos combustíveis e a rejeição de grande parte do eleitorado a uma eventual privatização da Petrobras fizeram crescer a avaliação de que um candidato reformista, com agenda mais próxima à defendida pelos operadores do mercado financeiro, terá menos chances nas eleições presidenciais.
Além do dólar, também os juros futuros subiram com força nos últimos dias. E, por isso, o Banco Central ontem anunciou que fará hoje uma oferta de R$ 10 bilhões em títulos públicos no mercado financeiro, em transações de prazo mais longo do que o de costume. Serão oferecidos títulos com compromisso de recompra no prazo de nove meses, em vez dos habituais três ou seis meses. O objetivo do BC é reduzir a pressão sobre os juros negociados no mercado e, com isso, dissipar as apostas de parte do mercado de que a autoridade monetária fará uma alta na taxa básica Selic.
A turbulência no mercado brasileiro ocorre em meio a uma forte volatilidade com ativos de países emergentes. A perspectiva de uma alta de juros mais forte nos Estados Unidos tem levado investidores a venderem suas ações e moedas de economias consideradas mais arriscadas. No mês passado, após uma forte alta do dólar frente ao peso, a Argentina subiu juros, anunciou um maior aperto fiscal e foi pedir um socorro ao FMI. A Turquia, por sua vez, já elevou juros em diversas ocasiões nos últimos meses e hoje voltou a subir a taxa, para 17,75% ao ano.
Fonte: LegisWeb