Deputados cobram da Petrobras solução para cidades afetadas por demissões


31 ago 2015 - Trabalho / Previdência

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Integrantes da Comissão de Trabalho foram ao Rio de Janeiro debater situação de obras paralisadas. Também foi marcada reunião com o presidente da Petrobras na próxima quarta, em Brasília.

Integrantes da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados estiveram reunidos na sede da Petrobras no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (28). Os deputados Aureo (SD-RJ), Gorete Pereira (PR-CE) e Luiz Carlos Busato (PTB-RS) foram cobrar esclarecimentos sobre as negociações que estão sendo feitas para evitar mais demissões em obras paralisadas de produção e refino de petróleo.

A principal reclamação dos parlamentares foi a de não terem sido recebidos pelo presidente da Petrobras, Aldemir Bendini, apesar de terem agendado o encontro. Bendini prometeu participar de reunião na próxima quarta-feira (2), às 11 horas, na sala da Presidência da comissão, para explicar as medidas que estão sendo tomadas pela estatal para minimizar os prejuízos que as cidades envolvidas estão tendo com a paralisação de obras.

O deputado Aureo questionou os diretores da Petrobras de Engenharia, Roberto Moro, e de Abastecimento, Jorge Celestino, por que a empresa, que patrocina tantas obras sociais e tem plano de responsabilidade social, ainda não tem um planejamento para tentar reduzir os impactos das demissões. Eles responderam que, no caso do Rio de Janeiro, já começaram a fazer reuniões com prefeitos de 15 cidades que estão impactadas com as obras do Complexo Petroquímico Comperj, para ouvir quais são os problemas mais urgentes.

As reuniões, a cada 45 dias, serão para avaliar o que pode ser feito e as urgências que forem surgindo.

Demissões
O deputado Aureo lembrou que, dos 36 mil empregos diretos gerados com o Comperj, apesar de as obras não terem paralisado totalmente, restam cerca de 11.500.

De acordo com a Petrobras, as obras da central de utilidades do Comperj, que vai suportar a partida da unidade de processamento de gás natural (UPGN), estão com 85% de avanço físico, com previsão de entrar em operação em outubro de 2017. Quanto ao projeto da Refinaria Trem 1, a Petrobras está estruturando um modelo de negócios que inclui parcerias para a conclusão do empreendimento.

O deputado Luiz Carlos Busato reclamou que, caso haja negociações para que as obras de Charqueadas (RS) sejam retomadas por uma empresa chinesa, a expectativa é que os trabalhadores e os investimentos sejam indenizados e o trabalho possa ser reiniciado o quanto antes.

A deputada Gorete Pereira reclamou da falta de transparência da Petrobras sobre as medidas que estão sendo tomadas para cada estado prejudicado com a interrupção das obras. Ela propôs que as bancadas dos estados sejam recebidas na estatal para conhecerem as medidas específicas que serão tomadas para cada região.


Fonte: Agência Câmara Notícias