Adiada votação sobre tributação de micro e pequena empresa


13 mar 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

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A pedido do relator, senador Armando Monteiro (PTB-PE), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) transferiu para a próxima semana a votação do ­projeto de lei complementar (PLS 323/2010) que veda a aplicação pelos estados da substituição tributária e do regime de antecipação do recolhimento de imposto nas operações das empresas optantes pelo Simples ­Nacional, livrando as micros e pequenas empresas de um ônus de R$ 1,7 bilhão ao ano.

A substituição tributária permite ao contribuinte pagar o imposto devido pelos clientes ao longo da cadeia de comercialização.

O tratamento diferenciado dessas empresas, previsto na Constituição e na Lei Complementar 123/2006, está sendo anulado na prática por muitos estados. A denúncia foi feita ontem por Armando Monteiro e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Relator de projeto de lei que disciplina a substituição tributária, Armando anunciou que está elaborando um novo marco legal capaz de impor limites ao uso desse instrumento, já que alguns estados estabelecem critérios arbitrários que prejudicam os pequenos negócios.

Em defesa de novas regras, Gleisi Hoffmann disse que o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação calculou o impacto numa empresa com faturamento anual de R$ 1,2 milhão e com 70% da venda sujeita à substituição tributária.

Pelo Simples, essa empresa pagaria 8,33% da receita, sendo que 2,92% seriam de ICMS. Com a substituição tributária, a mesma empresa teria de pagar o equivalente a 14% de imposto.

— Isso retira o benefício do Simples que o Congresso Nacional votou — advertiu Gleisi.

Por sugestão do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que colocará a matéria como primeiro item da pauta da próxima reunião deliberativa da comissão. Se aprovado na CAE, o projeto seguirá para o Plenário.


Fonte: Agência Senado