Publicado no DOU em 3 abr 2025
Dispõe sobre as áreas de competências do Fonoaudiólogo no Brasil.
O CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA - CFFa, no uso de suas atribuições legais e regimentais, conferidas pela Lei n.º 6.965, de 9 de dezembro de 1981 e pelo Decreto n.º 87.218, de 31 de maio de 1982; Considerando a decisão do Plenário do Conselho Federal de Fonoaudiologia, durante a 102ª Sessão Plenária Extraordinária, de 29 de março de 2025; resolve:
Art. 1º Aprovar as áreas de competências do Fonoaudiólogo no Brasil.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União - DOU.
Andréa Cintra Lopes
Presidente do Conselho
Neyla Arroyo Lara Mourão
Diretora-Secretária
ANEXO
CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA ÁREAS DE COMPETÊNCIAS DO FONOAUDIÓLOGO NO BRASIL BRASÍLIA 2025 Organizadores:
Charleston Teixeira Palmeira, Jaqueline Maria Oliani Ijuim, Karla Geovanna Moraes Crispim, Mariete Pires da Silva Barbosa, Neyla Arroyo Lara Mourão. Colaboradores:
Conselhos Regionais de Fonoaudiologia, Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), Associação Brasileira de Motricidade Orofacial (ABRAMO), Academia Brasileira de Disfagia (ABD), Instituto Brasileiro de Fluência (IBF).
APRESENTAÇÃO DA 2ª EDIÇÃO Em 2023 e 2024, o documento Áreas de Competência do Fonoaudiólogo no Brasil (Conselho Federal de Fonoaudiologia, 2007) passou por uma revisão com o objetivo de apresentar a versão atualizada e ampliada das áreas de competência do fonoaudiólogo no Brasil, pois, desde então, a Fonoaudiologia se expandiu e o fonoaudiólogo aprimorou sua atuação, encampando a evolução da ciência e da tecnologia.
Dessa forma, o CFFa verificou a necessidade de respaldar essa expansão com comprovação científica e registrar em um documento que possibilite tanto ao fonoaudiólogo, como aos outros profissionais e a sociedade, nortearem sua compreensão sobre a atuação do fonoaudiólogo no Brasil.
Para tal, foi criado um Grupo de Trabalho, composto por conselheiros do CFFa, designados por portaria.
Contribuíram na confecção do documento os Conselhos Regionais de Fonoaudiologia e órgãos científicos da classe Fonoaudiológica, tornando-o mais diverso e colaborativo.
O trabalho de revisão produzido foi de natureza teórica e qualitativa, fundamentado numa pesquisa bibliográfica e documental. Isto é, além da literatura, foi incluída a análise de documentos na coleta de dados.
O método para analisar tais dados foi a análise de conteúdo (Bardin, 2016).
Para a atualização do documento, foi analisada e discutida a validade de doze grandes áreas de competência (GAC) do fonoaudiólogo no Brasil, bem como as respectivas ações nas quais se desdobram. Soma-se a isso o fato de que as leituras realizadas giraram em torno da interpretação de outros profissionais da academia e do mercado sobre tais temas, principalmente no que tange à atualização das áreas de competência.
Além da natureza teórica, este estudo foi qualitativo.
A revisão teórica e qualitativa foi também fundamentada na pesquisa bibliográfica, baseada na seleção e análise de literatura e documentos.
Desse modo, esta revisão foi realizada com base no referencial teórico encontrado em resoluções, livros, artigos científicos, pesquisas, guias e manuais do CFFa, assim como dissertações e teses sobre os temas que englobam as GACs e também a respeito de novos temas propostos como tecnologias da comunicação e da informação e gerenciamento de crises.
Foram definidos como documentos de análise aqueles publicados no período de 2014 até 2024, que representaram o conjunto dos documentos submetidos à análise de conteúdo. Como objetivos específicos, que incorporam os temas-eixo da análise, enumeramos:
a) reavaliar as grandes áreas de competência da Fonoaudiologia no Brasil;
b) revisar as competências pessoais do profissional;
c) rever as habilidades já descritas no documento "Áreas de Competência do Fonoaudiólogo no Brasil";
d) reexaminar os recursos utilizados pelo fonoaudiólogo;
e) analisar os instrumentos de trabalho utilizados pelos fonoaudiólogos;
f) verificar as áreas de atuação do fonoaudiólogo e as ações dentro das respectivas áreas.
A seguir, é apresentado um texto explicativo sobre as áreas de competência da Fonoaudiologia, desenvolvido a partir de cada uma das GACs, respaldado nas discussões do GT. 1 INTRODUÇÃO Competência, segundo Zarifian (2012), é um conjunto de 3 eixos articulados, mas independentes, para lidar com as situações que os profissionais enfrentam, de modo a buscar qualidade e produtividade. Esses eixos são o conhecimento, a habilidade e a atitude.
Resumindo, Cassol et al. (2017), referem que o conhecimento (capacidade de fazer) é construído e as habilidades (saber fazer) são desenvolvidas, mas ambos precisam se manifestar nas atitudes (querer fazer, que envolve motivação e valores).
O documento original lista 12 competências e foram adicionadas mais quatro competências nesta atualização.
Para cada competência (atuais e novas), foram determinados os eixos conceitual, procedimental e atitudinal, com suas respectivas descrições.
2 COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS Competências/ Áreas Conceitual/conhecimento Refere-se ao "conhecer", relativo a fatos, conceitos e princípios Procedimental/habilidades Refere-se ao "saber fazer", relativo a aplicar, realizar, organizar Atitudinal/valores .
Refere-se ao "ser", relativo a valores, normas e atitudes 1 Realizar avaliação fonoaudiológica Estabelecer os aspectos constituintes da história clínica e da avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental, interrelacionando-os;
Reconhecer os diversos instrumentos para obter a história clínica do cliente tais como entrevista, anamnese, questionário e afins assim como modelos de fichas, protocolos, testes, exames clínicos e instrumentais para subsidiar a avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental;
Analisar os resultados advindos da história clínica e da avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental;
Desenvolver a percepção para os comportamentos global e específicos apresentados durante a história clínica e avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental;
Correlacionar os achados da história clínica com a avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental, fazendo uso do raciocínio clínico como base para as decisões e encaminhamentos; Relacionar dados a serem registrados em prontuário;
Registrar dados adequadamente em prontuários, de modo que evidenciem a condição do cliente e norteie condutas e encaminhamentos futuros.
Obter a história clínica do cliente, por meio de coleta de dados de anamnese ou procedimento similar, com utilização de instrumentos adaptados para o Português Brasileiro e/ou validados;
Realizar exame clínico e/ou pela observação de comportamentos relacionados à linguagem oral e escrita, voz, aperfeiçoamento dos padrões de voz e fala, fluência e articulação da fala, função auditiva periférica e central, função vestibular, sistema miofuncional orofacial e cervical, respiração, sucção, mastigação, deglutição e seus transtornos.
O exame clínico compreende, entre outras ações, a realização de provas, testes, exames específicos, análises e pesquisas minuciosas, assim como a descrição de parâmetros e comportamentos, objeto da avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental;
Documentar, analisar e interpretar os dados provenientes dos procedimentos de avaliação por ele realizados e, no seguimento, comunicar ao cliente;
Solicitar e analisar provas, testes, pareceres e exames complementares, a fim de estabelecer critérios de elegibilidade de ações fonoaudiológicas;
Registrar os dados e o desempenho do cliente no prontuário, de forma clara e concisa, assim como manter a guarda, garantir o sigilo e, sempre que solicitado pelo cliente, o acesso.
O registro dos dados em prontuário do cliente em todas as etapas de atendimento é obrigatório. Empregar comunicação assertiva, verbal e não verbal, com uso de escuta qualificada em vistas à coleta de informações, de modo que a acessibilidade linguística seja garantida em todas as situações;
Valorizar a importância ética, legal, moral e jurídica dos registros em prontuário de forma a garantir sigilo; Seguir os princípios éticos e as diretrizes para proteção e privacidade dos dados pessoais no Brasil;
Defender os preceitos à dignidade humana e valores da manutenção da vida e da promoção da saúde individual e coletiva.
2 Realizar diagnóstico e prognóstico fonoaudiológicos Reconhecer os aspectos constituintes do diagnóstico e do prognóstico fonoaudiológico;
Estabelecer hipóteses de fatores correlatos às manifestações observadas para a determinação de hipótese diagnóstica, diagnóstico e de prognóstico fonoaudiológicos; Identificar aspectos referentes à hipótese e ao diagnóstico diferencial;
Analisar os resultados advindos da história clínica, da avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental, do diagnóstico e do prognóstico fonoaudiológico, incluindo a devolutiva ao cliente;
Relacionar os resultados advindos da história clínica, da escuta atenta, da observação e avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental para estabelecer hipóteses, diagnóstico e prognóstico fonoaudiológico;
Formular, a partir do diagnóstico fonoaudiológico, possibilidades e probabilidades do prognóstico fonoaudiológico;
Estabelecer a conduta fonoaudiológica, indicando o processo de cuidado que se adapte e se adeque às necessidades e demandas identificadas, quais sejam: promoção do cuidado e da saúde integral, assistência fonoaudiológica, encaminhamentos qualificados e composição na confecção de projeto terapêutico singular, assim como dar seguimento e ações necessárias decorrentes da conclusão do processo diagnóstico junto ao cliente e à família. Determinar diagnóstico fonoaudiológico, que engloba o processo de coleta das informações, a análise dos dados e a identificação do problema, a partir dos achados da história clínica e da avaliação fonoaudiológica clínica e/ou instrumental, etapa que precede e norteia a conduta fonoaudiológica e subsidia o prognóstico.
Realizar encaminhamentos pertinentes. Assegurar que as informações referentes ao diagnóstico fonoaudiológico sejam comunicadas de modo objetivo, empático e confiante; Empreender atitudes de natureza interdisciplinar para a definição do diagnóstico e do prognóstico fonoaudiológicos e das intervenções decorrentes do processo.
3 Realizar terapia (habilitação/ reabilitação) Estabelecer os aspectos relacionados à assistência fonoaudiológica de forma a selecionar, indicar e utilizar métodos, técnicas e procedimentos terapêuticos pertinentes, de comum escolha às necessidades, demandas e características do cliente;
Analisar a indicação e os resultados de métodos, técnicas e procedimentos terapêuticos e definir condutas;
Definir parâmetros de alta fonoaudiológica e/ou limite terapêutico, de comum acordo junto à família, cliente, bem como em discussão com a equipe de atenção ao usuário do sistema de saúde.
Realizar assistência fonoaudiológica, envolvendo aspectos gerais da terapia fonoaudiológica da linguagem oral e escrita, voz, aperfeiçoamento dos padrões de voz e fala, fluência, fala, função auditiva periférica e central, função vestibular, sistema miofuncional orofacial e cervical, respiração, sucção, mastigação e deglutição, tanto no que diz respeito à habilitação, como à reabilitação de clientes; Integrar equipes interdisciplinares, multi/pluridisciplinares e transdisciplinares que promovam o cuidado em saúde, com foco no desenvolvimento humano por meio da habilitação e reabilitação;
Determinar se os objetivos terapêuticos foram alcançados e decidir se o paciente está apto para finalizar o tratamento, considerando a construção coletiva da sua representação e concretização para os envolvidos no processo terapêutico;
Realizar encaminhamentos qualificados pertinentes.
Ter autonomia em relação a escolha e flexibilização de métodos, técnicas e procedimentos a serem usados como instrumento para o alcance de objetivos terapêuticos; ao tempo e duração de atendimento e ao prazo de tratamento ou serviço; Praticar decisão compartilhada.
4 Orientar clientes, familiares e cuidadores Compreender os sistemas teóricos e conceituais envolvidos do campo fonoaudiológico, em relação ao cliente e às necessidades de orientação e apoio;
Verificar o nível de compreensão de orientações ministradas ao cliente, família e cuidadores quanto ao trato diário e elucidar dúvidas.
Orientar clientes, familiares e cuidadores em relação aos diversos aspectos da atuação fonoaudiológica.
Para orientar o cliente, o fonoaudiólogo, por meio da escuta ativa, deve escutá-lo, elucidar os problemas existentes e suas consequências, antecipar possíveis problemas e as estratégias para preveni-los ou mitigá-los, podendo explicar a anatomia e a fisiologia dos sistemas relacionados à Fonoaudiologia, explicar o desenvolvimento da comunicação humana, e demonstrar os procedimentos, as rotinas e as técnicas fonoaudiológicas;
Elucidar a prática por meio de demonstração e modelos de procedimentos, ao auxiliar no planejamento e organização das rotinas, e ao oferecer modelo de posturação, cuidados e outras ações referente aos cuidados incorporados ao saber fonoaudiológico;
Sugerir combinados para compreensão de regras sociais e autorregulação por meio de construção conjunta e personalizada junto aos familiares e cuidadores;
Realizar aconselhamento fonoaudiológico; visita domiciliar, em escolas e postos de trabalho para oferecer treinamentos; esclarecimentos pertinentes e elucidar dúvidas;
Conduzir capacitação para técnicas de cuidados. Interagir com clareza, coerência e objetividade com clientes, familiares e cuidadores;
Adequar o léxico e a organização sintática de forma a possibilitar a compreensão de familiares e cuidadores, flexibilizando a linguagem para torná-la acessível para diferentes públicos e contextos;
Elucidar os problemas existentes e suas consequências, apresentar informações pertinentes à evolução do processo terapêutico, com escuta ativa, considerando as dificuldades, possibilidades, potencialidades e limitações do contexto;
Ser capaz de aplicar ferramentas motivacionais como forma de elucidar consequências positivas a partir das mudanças alcançadas; Apresentar atitude de respeito em relação às diferentes opiniões e posicionamentos;
Abster-se de realizar juízos de valores referentes a tratamentos anteriores de outros colegas ou de outro profissional da equipe multiprofissional.
5 Monitorar a evolução do cliente Identificar os indicadores de evolução do cliente;
Conhecer os protocolos, testes, exames e demais procedimentos que colaborem com o monitoramento do cliente;
Avaliar criticamente o progresso do cliente, identificando áreas de melhoria e ajustando estratégias terapêuticas conforme necessário.
Monitorar a evolução do cliente, para estimular e verificar a adesão, a continuidade, o impacto, a efetividade e o grau de satisfação do cliente quanto ao tratamento e/ou orientação fonoaudiológica, além de permitir maior controle na verificação do limite terapêutico;
Verificar os riscos e danos dos aspectos fonoaudiológicos, assim como das condições ambientais, para melhor desempenho do cliente.
Tais ações implicam em reavaliar e reformular condutas, métodos, técnicas, terapias e procedimentos, comparar resultados de avaliações e discutir prognóstico;
Comunicar os indicadores de evolução do cliente;
Estabelecer parâmetros para dimensionar a alta qualificada, em ações que impliquem encaminhamentos para outros pontos de atenção das redes de saúde. Tomar decisões efetivas mediante dados apresentados;
Estar atento aos detalhes e mudanças sutis no comportamento e na comunicação do paciente;
Compreender as necessidades, preocupações e experiências do cliente; Ser persistente na busca por progresso, mesmo diante de desafios ou obstáculos que possam surgir;
Lidar de forma construtiva e acolhedora com contratempos ou falta de progresso, mantendo o foco no bem-estar e na melhoria do cliente;
Estar disposto a ajustar o plano de tratamento conforme necessário com base nas necessidades e na resposta individual do cliente;
Ser capaz de fornecer feedback claro e transparente ao cliente, aos membros da equipe de saúde, à sociedade, bem como de receber e integrar feedback dos mesmos.
6 Aperfeiçoar a comunicação humana Identificar padrões linguísticos e suas variações; Identificar condições ambientais, relacionadas aos riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais referentes à saúde do trabalhador;
Reconhecer os programas de aperfeiçoamento dos padrões de fala e voz, da escrita e da língua de sinais; Estabelecer programas para aperfeiçoar a comunicação em público, a comunicação ocupacional, e/ou profissional.
Aprimorar e aperfeiçoar a comunicação em público, a comunicação ocupacional, ou profissional;
Orientar as possibilidades de melhora das condições ambientais, favorecendo a saúde e a comunicação humana;
Aplicação de programas de aperfeiçoamento dos padrões de fala e voz, da escrita e da língua de sinais;
Desenvolver estratégias terapêuticas inovadoras e personalizadas para atender às necessidades específicas de cada cliente. Ser capaz de compreender a diversidade cultural e linguística;
Entender as dificuldades e experiências únicas de cada cliente ao enfrentar desafios na comunicação;
Demonstrar paciência e apoio contínuo ao saber que o processo de aperfeiçoamento da comunicação pode ser gradual e exigir tempo e esforço; Valorizar a individualidade e a dignidade de cada cliente, independentemente de suas habilidades de comunicação;
Mostrar sensibilidade às emoções e frustrações associadas às dificuldades de comunicação, oferecendo apoio emocional quando necessário;
Inspirar e motivar os clientes a se engajarem ativamente no processo de aperfeiçoamento da comunicação, promovendo um ambiente encorajador e positivo;
Estar aberto a ajustar e modificar as abordagens terapêuticas conforme necessário para melhor atender às necessidades e preferências individuais dos clientes.
7 Efetuar diagnóstico situacional Conhecer o conjunto de técnicas e ferramentas para a gestão, planejamento e programação das ações; Aproximar-se das equipes de saúde considerando o pluralismo e a realidade das comunidades e territórios em que atuam;
Gerenciar o processo de trabalho com base na análise das condições de saúde e risco da população. Inteirar-se das etapas/procedimentos envolvidos, por meio da aproximação com a realidade da população por território e levantamento dos dados, por meio das informações e das características relacionadas às condições de vida da população, sejam elas culturais, sociais, econômicas e epidemiológicas; da análise dos dados obtidos; do estabelecimento das prioridades, considerando a realidade de cada território;
Propor a organização e/ou reorganização das ações e programas a serem desenvolvidos e as suas justificativas; elaborar o planejamento estratégico e realizar a análise constante dos resultados do mesmo. Ser proativo na busca das informações para o diagnóstico situacional;
Ser imparcial na análise e adoção de condutas mediante resultados apresentados.
8 Desenvolver ações de saúde coletiva nos aspectos fonoaudiológicos Compreender as condições e necessidades para evitar a doença, prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida de uma determinada população e território;
Entender a importância da epidemiologia e das ciências sociais para o estudo dos determinantes sociais e da desigualdade em saúde, para realização do planejamento estratégico, por meio de uma gestão democrática;
Reconhecer o papel de responsabilidade pelo processo coletivo de trabalho, considerando a dimensão epidemiológica e social para a compreensão das necessidades de saúde, seja no âmbito organizacional, gerencial e operacional das tecnologias ao atendimento das reais necessidades de uma população e de um território.
Relacionar o saber científico e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas tradições, crenças e cultura da população e do território.
Atuar segundo os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde;
Promover ações considerando a epidemiologia, as políticas públicas, o planejamento e a gestão do cuidado;
Realizar intervenções intersetoriais sobre os determinantes sociais da saúde; Aplicar ações de prevenção e promoção à saúde, prevenção de agravos, diagnóstico e reabilitação;
Organizar e assessorar os serviços de saúde, ao atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a prevalência e incidência de doenças nas populações, por meio de ações de vigilância em saúde;
Analisar o estado de saúde da população e as condições de saúde dos grupos populacionais de cada território, por meio da epidemiologia e dos determinantes sociais, bem como participar da implantação dos processos de trabalho e linha de cuidado, formulação e implementação de políticas públicas, avaliação dos programas e tecnologias utilizadas no cuidado à saúde;
Realizar o cuidado nos diferentes níveis e redes de atenção à saúde; organizar e implementar as políticas públicas existentes, para intervir e resolver os problemas de saúde de uma determinada população e território;
Participar das diferentes instâncias do controle social, assim como da gestão dos diferentes serviços de saúde. Ser proativo no levantamento dos dados sociais, epidemiológicos referentes ao território em que atua; Ser corresponsável pelo planejamento de ações e cuidado em saúde à população do território em que atua;
Trabalhar em equipe multiprofissional, contribuindo com seu conhecimento na construção de uma clínica ampliada e saber coletivo; Mobilizar a participação democrática da comunidade para a melhoria das condições de saúde do território e corresponsabilização no seu cuidado.
9 Exercer atividades de ensino Compreender que as atividades fonoaudiológicas no ensino envolvem a prática docente e a administração gerencial de instituições de ensino; Capacitar-se para a docência do ensino superior;
Conhecer metodologias, didática e recursos de ensino, assim como com técnicas de planejamento pedagógico e diferentes instrumentos para promover a avaliação do ensino; Identificar as diversas possibilidades e linhas de pesquisa;
Inteirar-se de diversas formas de engajamento no ensino, de conteúdos e de possibilidades de ação e expressão que valorizem a diversidade do público em formação.
Planejar cursos, elaborar atividades didáticas, coordenar atividades de ensino, lecionar em Cursos de Graduação e Pós-graduação (stricto e lato sensu), ministrar cursos livres e treinamentos, bem como exercer atividades de supervisão, preceptoria e tutoria;
Assumir cargos de direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação e pós-graduação em Fonoaudiologia, assim como exercer demais cargos de gestão em instituições de ensino;
Oferecer diversas formas de engajamento no ensino, apresentar conteúdos e possibilidades de ação e expressão que valorizem a diversidade do público em formação;
Promover ao aprendente diversas possibilidades e linhas de pesquisa, incentivando a análise e criticidade isento de doutrinamentos de crenças pessoais. Conduzir a prática de ensino pelos princípios éticos-legais e bioéticos da profissão e da responsabilidade socioambiental; Demonstrar entusiasmo e dedicação ao compartilhar conhecimentos e habilidades com os alunos;
Compreender as necessidades individuais dos alunos e adaptar os métodos de ensino para atender a diferentes estilos de aprendizagem;
Valorizar as experiências e perspectivas únicas de cada aluno, criando um ambiente de sala de aula inclusivo e respeitoso;
Ser capaz de transmitir informações de maneira clara e compreensível, bem como ouvir e responder às perguntas dos alunos de forma construtiva; Inspirar e motivar os alunos, incentivando-os a alcançar seu pleno potencial acadêmico e profissional;
Estar aberto a adaptar o plano de ensino com base no progresso e nas necessidades dos alunos, bem como em feedbacks recebidos;
Manter-se atualizado com as últimas pesquisas, técnicas e desenvolvimentos na área da Fonoaudiologia, e compartilhar esse conhecimento com os alunos.
10 Desenvolver atividades de pesquisas Conhecer aspectos constituintes de pesquisas científicas; Diferenciar desenhos metodológicos condizentes ao objetivo proposto em pesquisas; Reconhecer a legislação vigente relativa à pesquisa científica, seguindo critérios éticos para pesquisas científicas em seres humanos e animais;
Conhecer as diferentes fontes de financiamento disponíveis para pesquisas na área da Fonoaudiologia, incluindo agências governamentais, fundações privadas, organizações sem fins lucrativos e indústria;
Reconhecer a importância de construir e manter redes de contatos com outros pesquisadores, profissionais de saúde, instituições acadêmicas e potenciais financiadores para colaboração e oportunidades de financiamento;
Compreender sobre gestão de projetos, incluindo planejamento, organização, coordenação de equipe, monitoramento de progresso e gerenciamento de recursos;
Especificar parâmetros para apreciação de trabalhos técnicos e científicos, assim como avaliar a produção científica fonoaudiológica. Eleger, desenvolver e implementar linhas de pesquisa e metodologias científicas;
Elaborar projetos, desenvolver e validar métodos, técnicas e instrumentos de avaliação, diagnóstico e terapia fonoaudiológica; Orientar e apreciar trabalhos técnicos e científicos; Avaliar a produção científica fonoaudiológica;
Captar recursos; Disponibilizar dados, materiais e métodos para promover a reprodutibilidade dos resultados;
Garantir que os dados da pesquisa sejam gerenciáveis, compartilháveis e reutilizáveis;
Colaborar com pesquisadores de outras instituições e países, promovendo uma abordagem colaborativa e internacional para a pesquisa;
Publicar pesquisas em revistas científicas de acesso aberto, garantindo que os resultados da pesquisa sejam amplamente acessíveis à comunidade científica global. Respeitar a legislação vigente relativa à pesquisa científica.
Demonstrar interesse genuíno em explorar questões de pesquisa, buscando novos conhecimentos na área da Fonoaudiologia;
Manter-se comprometido com o processo de pesquisa, mesmo diante de desafios ou obstáculos, persistindo na busca por soluções;
Lidar de forma construtiva com falhas e contratempos, e ajustar-se às mudanças nas circunstâncias da pesquisa de forma flexível e eficaz; Comprometer-se com altos padrões de transparência, integridade e ética na condução da pesquisa, garantindo a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados;
Fomentar parcerias colaborativas com outros pesquisadores, compartilhando ideias e recursos, e comunicando os resultados da pesquisa de forma clara e acessível para a comunidade científica e o público em geral;
Ter habilidades em gestão de projetos, incluindo planejamento, organização, coordenação de equipe, monitoramento de progresso e gerenciamento de recursos; Promover a análise e criticidade de pesquisas com isenção de doutrinamentos de crenças pessoais.
11 Administrar recursos humanos, financeiros e materiais Conhecer os aspectos relacionados à administração de recursos humanos, financeiros e materiais. Gerenciar e a administrar a força de trabalho, os recursos físicos e materiais e de informação; Administrar, orçar, selecionar, inventariar e verificar o funcionamento de equipamentos, materiais e recursos tecnológicos;
Alocar recursos financeiros e controlar custos; Administrar recursos humanos pertinentes ao fonoaudiólogo: definir perfil e quadro de pessoal, regras de prestação de serviço, honorários profissionais, cronograma, escala de trabalho e organograma, assim como selecionar, contratar, requalificar, transmitir instruções, supervisionar pessoal e equipes de apoio, entre outras atividades pertinentes ao fonoaudiólogo.
Também deve estar apto a ser empreendedor; Tomar decisões para uso adequado da força de trabalho, de equipamentos, insumos e procedimentos, considerando os critérios que envolvem o custo-benefício ao avaliar, sistematizar e decidir as condutas de gestão mais apropriadas. Valorizar a relação custo/benefício para as práticas em saúde, conservando o padrão de excelência;
Ser eficiente ao organizar e gerenciar recursos, garantindo que todas as atividades sejam realizadas de maneira ordenada e eficaz; Liderar e motivar equipes, delegar tarefas e inspirar colaboradores a alcançar objetivos comuns;
Tomar decisões rápidas e assertivas, considerando diferentes pontos de vista, bem como avaliar os impactos potenciais em termos de recursos humanos, financeiros e materiais; Identificar problemas potenciais e encontrar soluções criativas e eficazes para superá-los, minimizando impactos negativos nos recursos disponíveis;
Comprometer-se com altos padrões éticos e profissionais, garantindo que todas as decisões e ações sejam guiadas por princípios morais e legais;
Pensar de forma estratégica e a longo prazo, desenvolvendo planos e estratégias que garantam o uso eficiente e eficaz dos recursos disponíveis.
12 Realizar perícia e auditoria técnica Ter conhecimento sobre as áreas relativas à perícia e auditoria fonoaudiológicas; Conhecer as normativas vigentes referentes à perícia e à auditoria; Identificar as modalidades de auditoria no âmbito fonoaudiológico;
Especificar parâmetros para a realização de perícia e auditoria fonoaudiológicas. Realizar perícia e auditoria, observando as práticas reconhecidas e as legislações vigentes;
Executar atividades relacionadas à perícia fonoaudiológica, ao atuar como assistente técnico, perito ou como auditor em situações que envolvam aspectos de abrangência da Fonoaudiologia;
Realizar auditoria em Fonoaudiologia exercida sobre as ações e os serviços desenvolvidos no âmbito do sistema de saúde público, privado e suplementar; Identificar inconsistências ou áreas de melhoria. Servir, imparcialmente, à justiça;
Ser imparcial na consecução dos procedimentos fonoaudiológicos envolvido, garantindo que as conclusões sejam baseadas em fatos e evidências;
Comprometer-se com a integridade e ética profissional ao conduzir auditorias técnicas e perícia, garantindo que todas as atividades sejam realizadas de acordo com os mais altos padrões éticos e legais;
Manter uma abordagem minuciosa, imparcial e objetiva ao realizar auditorias técnicas e perícia;
Analisar criticamente informações e interpretar dados de forma eficaz, identificando problemas e propondo soluções baseadas em evidências; Saber e ter disposição para trabalhar em equipe e colaborar com outros profissionais, quando necessário, para garantir a eficácia e precisão das auditorias técnicas e perícias realizadas.
13 Enfrentar crises humanitárias e desafios eminentes Compreender a realidade social; Identificar crises humanitárias e desafios eminentes relacionados à Fonoaudiologia;
Especificar parâmetros para a minimização das crises humanitárias; Estabelecer planos de ação eficazes e estratégias para lidar com a crise de forma coordenada e eficiente; Assimilar as constantes mudanças conceituais e a evolução tecnológica.
Atuar em situações de baixo acesso da população aos serviços de saúde decorrente de crises humanitárias, estado de calamidade pública, catástrofes, conflitos, guerras, endemias, pandemias e demais situações de vulnerabilidade;
Desenvolver planos de ação eficazes e estratégias para lidar com a crise de forma coordenada e eficiente;
Realizar adequações dos procedimentos fonoaudiológicos frente à uma nova realidade; Atuar voluntariamente frentes às crises humanitárias e de calamidade pública, conforme a legislação vigente.
Compreender as mudanças que ocorrem na sociedade, transpondo-as para as práticas fonoaudiológicas;
Tomar decisões sob condições adversas; Tomar decisões rápidas e assertivas em situações de emergência, considerando cuidadosamente as opções disponíveis e agindo de forma decisiva;
Apresentar disposição para trabalhar em equipe e colaborar com outros profissionais e organizações para enfrentar a crise de forma integrada e coordenada;
Ter capacidade para antecipação e preparo para situações de crise, desenvolvendo planos de contingência e procedimentos de emergência para lidar com uma variedade de cenários.
14 Operar tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e tecnologias assistivas Ter conhecimento sobre tecnologias da informação e da comunicação e sua operacionalização;
Apropriar-se das diretrizes sobre Telefonoaudiologia;
Apontar a Lei geral de proteção de dados Pessoais (LGPD) como norteadora das atividades que envolverem as TICs. Prestar serviços mediados pela Telefonoaudiologia, que deverão respeitar a infraestrutura tecnológica física, os recursos humanos e materiais adequados; Empregar as normas técnicas de guarda, manuseio e transmissão de dados e, assim, garantir a confidencialidade, a privacidade e o sigilo profissional.
Seguir os preceitos éticos da fonoaudiologia no ambiente virtual;
Ter compromisso com a privacidade, segurança e ética no uso das TICs e tecnologias assistivas, garantindo a confidencialidade das informações dos pacientes e o uso responsável das ferramentas digitais; Ser capaz de avaliar criticamente as diferentes tecnologias disponíveis e selecionar aquelas que melhor atendem às necessidades dos clientes e da coletividade;
Ter disponibilidade para colaborar com outros profissionais de saúde e especialistas em tecnologia para integrar as TIC e tecnologias assistivas de forma eficaz nos cuidados de saúde.
Compreender as necessidades e limitações dos pacientes ao usar tecnologias assistivas, garantindo um suporte sensível e personalizado; Reconhecer a importância de manter-se atualizado sobre as últimas tendências e desenvolvimentos em TIC e tecnologias assistivas, participando de cursos de formação e eventos profissionais relevantes.
15 Dominar o manuseio de equipamentos e recursos tecnológicos Atualizar-se sobre a evolução tecnológica para melhoria da qualidade de vida do cliente;
Conhecer as características físicas e biofísicas, e o funcionamento dos equipamentos utilizados e dos recursos tecnológicos aplicados à Fonoaudiologia; Habilitar-se para solucionar problemas técnicos que possam surgir durante o manuseio de equipamentos, encontrando soluções eficazes e rápidas.
Utilizar equipamentos e recursos tecnológicos à avaliação, ao diagnóstico, à prevenção, à pesquisa, à intervenção, à terapia fonoaudiológica, bem como à seleção, à adaptação de órteses, próteses e dispositivos eletrônicos aplicados à deficiência auditiva (aparelhos auditivos, implante coclear, prótese ancorada no osso, dentre outros), aplicação de tecnologia assistiva em comunicação humana e em deglutição, softwares de aplicação (APP), entre outros.
Ser consciente de que a tecnologia é um recurso complementar a terapia convencional; Ser inovador e interessar-se pelas evoluções tecnológicas de forma ética, seguindo todas as normas e regulamentações relevantes e vigentes, pautadas pela prática baseada em evidências;
Reconhecer a importância da atualização constante sobre novos equipamentos e tecnologias, participando de treinamentos e cursos de desenvolvimento profissional conforme necessário.
16 Comunicar-se Desenvolver os aspectos relacionados às competências do fonoaudiólogo para se comunicar, de modo verbal e não verbal, escrito, ou sinalizado, em atividades profissionais em diversas situações;
Desenvolver o autoconhecimento da comunicação verbal e não verbal, escrita e sinalizada, profissional; Identificar e seguir as regras de redação de documentos fonoaudiológicos.
Esta competência é genérica e refere-se a todos os procedimentos fonoaudiológicos relativos ao ato de comunicar-se, envolvidos em todas as competências;
Divulgar a profissão; conceder entrevistas à mídia; organizar eventos científicos; elaborar material de divulgação, manuais, pareceres e relatórios; redigir trabalhos científicos para publicação; discutir casos clínicos; registrar procedimentos em prontuários e emitir laudos e atestados.
Compreender as emoções e experiências dos pacientes, permitindo uma comunicação mais empática e sensível;
Ouvir atentamente as preocupações e necessidades dos pacientes, demonstrando interesse genuíno em compreender suas questões;
Comunicar-se com clareza expressando informações de forma clara e compreensível, evitando jargões técnicos que possam confundir os pacientes;
Fazer uso consciente e eficaz da linguagem corporal, expressões faciais e tom de voz para complementar a comunicação verbal e transmitir empatia, compreensão e confiança;
Empregar comunicação assertiva junto aos seus pares; Apresentar atitude de respeito em relação às diferentes opiniões e posicionamentos dos outros;
Comprometer-se com a confidencialidade e o respeito durante a comunicação, garantindo a privacidade e a dignidade em todas as interações.
3 COMPETÊNCIAS PESSOAIS Foram eleitas algumas atribuições pessoais, consideradas características ou habilidades, que favorecem o desempenho profissional do fonoaudiólogo.
O desenvolvimento de tais habilidades deve ser almejado.
Atribui-se ao fonoaudiólogo, além das atividades privativas, outras relacionadas à profissão, tais como: prestar assessoria técnica e/ou consultoria; participar de sociedades científicas, entidades de classe, controle social, conselhos, comitês, comissões, órgãos gestores e processos de seleção; participar de grupos de pesquisa e bancas examinadoras; atuar em equipes interdisciplinares, multi/pluridisciplinares e transdisciplinares; elaborar informes/pareceres técnico-científicos; gerenciar projetos de desenvolvimento de produtos fonoaudiológicos; desenvolver produtos tecnológicos; organizar eventos de natureza científica; organizar campanhas na área da Fonoaudiologia; elaborar e publicar material audiovisual nas áreas da Fonoaudiologia; participar da gestão de equipamentos de saúde do SUS; lecionar em seus diferentes níveis: Graduação e Pós-Graduação; participar de projetos político-pedagógicos.
O fonoaudiólogo deve trabalhar com segurança, adotar medidas de precaução padrão e saber operar instrumentos e equipamentos da área.
Da mesma forma: manter a ética e o sigilo profissional; valorizar-se; demonstrar competência em sua comunicação, seja verbal e/ou escrita; ter conhecimento de tecnologias de informação e comunicação; ter capacidade de análise e síntese; ter objetividade; ter perseverança; ter criatividade e capacidade de observação.
O fonoaudiólogo deve ainda: ser dotado de pensamento crítico; ter facilidade em estabelecer relacionamentos interpessoais; manter-se consciente de suas limitações; ser acessível; ser acolhedor; transmitir segurança; tomar decisões, principalmente em condições adversas; atualizar-se de forma contínua; autoavaliar-se; assumir posição de liderança de forma efetiva e eficaz; apresentar raciocínio dinâmico e preciso na solução de problemas; ser gerador e transmissor de conhecimento; ser empreendedor.
4 LOCAIS DE ATUAÇÃO O fonoaudiólogo está habilitado a atuar nos locais abaixo citados, em suas diferentes atribuições, a saber: unidades básicas de saúde (Equipamentos da Atenção Primária à Saúde); redes de atenção à saúde; ambulatórios gerais e/ou de especialidades; autarquias; hospitais; maternidades; consultórios; clínicas; domicílios; instituições de longa permanência; centros auditivos; creches e berçários; escolas regulares e inclusivas; instituições de ensino superior; empresas (fábricas, empresas de telesserviços e similares); associações; sindicatos; organizações do terceiro setor; órgãos públicos; centros de referência da saúde do trabalhador; centro de atenção psicossocial; forças armadas; superintendência central de perícia médica e saúde ocupacional; meios de comunicação / equipamentos culturais; ambiente virtual; centros de pesquisa; centros de convivência e cultura; centros de convivência e cooperativa, integrantes da rede de atenção psicossocial; centros de reabilitação; entre outros, nos quais o trabalho do fonoaudiólogo traga benefícios.
5 TECNOLOGIAS LEVES, LEVE-DURAS E DURAS PARA FINS DE ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA abaixadores de língua; adesivo para fixação de traqueostomia; aeronaso; aparelhos de estimulação elétrica e/ou magnética transcraniana; aspirador de secreção; áudio dosímetro de ruído; audiometria de reforço visual; audiômetros; auxiliar para afilamento lingual; bandagem elástica; brinquedos e jogos educativos e clínicos; cabina acústica; caneta otoscópica; colheres; copo com recorte; cronômetro; cruz de calibração biológica; dedeira; diapasão; discman; dispositivo condutor de eletroestimulação (caneta condutiva/eletroestimulação); dispositivo de recuperação de treinamento muscular; dispositivo de retorno acústico individual; dispositivo/exercitador/incentivador respiratório; dispositivos de gravação de voz e imagem; elástico ortodôntico; eletroglotógrafo; eletrognatógrafo; eletromiógrafo; eletropalatógrafo; equipamento de avaliação aerodinâmica da voz; equipamento de eletroestimulação neuromuscular (EENM); equipamento de fotobiomodulação (FBM); equipamento para biofeedback pressão de lábio e língua; equipamento para emissões otoacústicas; equipamento para estimulação e desprogramação neuromuscular; equipamentos de análise acústica; equipamentos de biossegurança; escova de limpeza de prótese traqueoesofágica; escovas para estimulação intra-oral; estetoscópico adulto/infantil; exercitador facial; exercitador labial; filtro HME para traqueostomia; garrote látex; gaze, gaze estéril; guias de língua; hi-pro; imitanciômetro; instrumentos de calibração; jogos de áudio-cup; kazoo; kits de logoaudiometria; laringe eletrônica/eletrolaringe; luvas (de procedimentos, estéreis); massageador de pescoço (Exemplo: neckline, bola de alongamento cervical); massageador facial; material de consumo; material de consumo específico; medidor de pico de fluxo expiratório (Peak flow); medidor de pico de fluxo inspiratório nasal (PNIF); medidor de pressão sonora; metrônomo; nebulizador; óculos de aspiração; otocalorímetro; otoscópio; oxímetro de pulso; paquímetro; pranchas de comunicação alternativa ou suplementar; prótese traqueoesofágica; protetor de banho para traqueostomia/traqueostoma; reanimador/ressucitador manual de silicone (exemplo: Ambu); recursos audiovisuais; recursos de informática; rolhas de cortiça; rolinho unilateral e rolinho bilateral; seringa para realizar pré-moldagem; sistema de campo livre; sistema de gravação; sistemas de biofeedback; softwares variados; sonda de avaliação e estimulação esofágica para laringectomizado total; sondas de aspiração; tambor rotatório; testes e protocolos específicos; tubo de ressonância (vidro, silicone ou outros materiais); ultrassom; unidade móvel - audiometria; vaporizador; vectonistagmógrafo; entre outros, a depender da necessidade do cliente e da especificidade da intervenção fonoaudiológica a ser realizada.
REFERÊNCIAS BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016. CASSOL, C.; RUAS, R. L.; RAMOS, F. M.; MARQUES, D. A.; ZANINE,
C. Competências gerenciais relevantes para a atuação do administrador: uma análise comparativa entre as percepções de gestores organizacionais e de estudantes no estado de Santa Catarina. Revista de Tecnologia Aplicada (RTA) v.6, n.3, p.15-32, set.-dez. 2017. Disponível em: < http:/ dx.doi.org/10.21714/2237-3713rta2017v6n3p15 > . Acesso em 14 jan. 2024. CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa). Áreas de competência do fonoaudiólogo no Brasil. 2ª ed. 2007. Disponível em: < https://fonoaudiologia.org.br/comunicacao/areas-de-competencia-do-fonoaudiologo-no-brasil/ > . Acesso em: 19 mar. 2025. ZARIFIAN, Philippe. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2012.