Governo estuda desonerar energia e unir PIS e Cofins, diz Tombini


6 jun 2012 - Trabalho / Previdência

Substituição Tributária

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, confirmou nesta terça-feira (5) que está em estudo no governo uma forma de desonerar a energia elétrica.

"Hoje há duas medidas em estudo. Uma é a desoneração da energia elétrica, que é um custo importante da economia real. Se for possível desonerar [a energia], certamente haverá um impacto importante para ajudar a competitividade do Brasil".

A segunda medida em estudo, de acordo com ele, é a unificação do do PIS e da Cofins, com o objetivo de simplificar o pagamento dos impostos.

Ele afirmou ainda que a economia brasileira deve se acelerar a partir do segundo semestre deste ano. "Hoje, já percebemos um ritmo de atividade maior no segundo trimestre do que no primeiro trimestre", exemplificou.

O presidente do BC participa de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados.

Tombini argumentou que um maior crescimento a partir de julho será possível por conta dos bons fundamentos da economia brasileira.

O presidente do BC disse ainda que a turbulência na economia internacional, gera um cenário desinflacionário sobre as commodities, o que ajuda a controlar a alta de preços no mercado interno.

Além disso, destacou que o dólar ficou cerca de 6% mais caro em relação ao real em maio, movimento considerado "moderado" por ele se comparado ao que ocorreu em outros países.

SPREAD

O presidente do BC afirmou ainda que o spread bancário (diferença entre a taxa de captação paga pelos bancos para obter recursos e a cobrado dos consumidores e empresas) teve uma "pequena redução" no mês passado.

Tombini atribuiu a redução à queda nos juros básicos da economia (taxa Selic) desde agosto do ano passado.

INADIMPLÊNCIA

Tombini também disse que a tendência é que a inadimplência se reduza no segundo semestre deste ano.

De acordo com ele, isso deve ocorrer porque o calote atual reflete empréstimos antigos, em especial no caso de veículos. Concessões feitas a partir de agosto de 2011 apresentariam nível menor de atrasos, disse o presidente do BC.

A própria aceleração da economia esperada a partir do segundo semestre, com geração de novos postos de trabalho e renda em alta, declarou, já deve contribuir para uma queda na inadimplência.


Fonte: Folha de S.Paulo